quinta-feira, 24 de junho de 2010

Roma e a camiseta...



Fomos dar nosso rolêzinho pela Itália. Julho, calor... (Ah! O verão da Europa vai deixar saudades!) Temperaturas rondando aí os 30 e 40graus centigrados.

Pense numa pessoa despreparada e desinformada. Pensou?

Despreparada porque, mesmo com aquelas temperaturas, minha mala foi repleta de blusinha, tomara-que-caia e alcinhas. Mas... E o protetor solar? Fiquei lembrando que eu esqueci dele por uns três dias. Depois do passeio de gôndola em Veneza no período da tarde meus braços e minhas costas já eram.

Ok. Depois eu comprei, mas já estava toda dolorida e vermelha que nem um camarão.

Desinformada.
Um pouco de cultura local nunca é demais pra quem vai passar uns dias no lugar. Me faltou só este detalhe.

Minha família é católica, fui criada dentro desta religião, embora meio distante. Depois que "cresci" a coisa só piorou. Mas uma coisa era dito e certo na minha cabeça: quem implicava com roupas, cabelo etc eram as Igrejas evangélicas. Católica, jamais. Quase que poderia ir de mini-saia na missa que o Padre não ia falar nada (guardados os devidos respeitos ao recato, nunca fui).

Chegando à Itália, que bella sorpresa! Não pode entrar na Igreja de blusinha! Que...? Sim. Fui retirada de dentro de uma Igreja em Veneza porque eu estava com uma frente-única (mega comportada, diga-se de passagem) mas mostrava os ombros e LÁ NÃO PODE!

Corri pro hotel e revirei as minhas malas. Não havia uma, nenhuma blusa sequer que fosse de manga. Tenha piedade! As mínimas na previsão do tempo pra todas as cidades eram 28, 29 graus. As mínimas! Desesperei, porque nosso próximo destino era Roma, como eu iria entrar na Basílica de San Pietro? Não poderia jamais perder de ver a Basílica, o túmulo de Pedro.

Pensa, pensa, pensa. Plim...

Pensei, coloco meu vestido, que vai até o joelho e uma camiseta do meu esposo por cima. Pronto.Vai ficar feio? Sim, rídiculo. Mas não estava me importando, eu queria é entrar na Basílica.

Me acalmei. Pra que tanto desespero? Às vezes era só em Veneza que eles eram meio futrica, cidade pequena... Via das dúvidas, camiseta pra mochila.

Roma... Basílica de San Pietro.


Chegando em Roma, não vi o Rei mas tive a certeza que a roupa que o rato NÃO roeu me seria extremamente necessária. Da fila quilométrica de entrada da Basílica já pude ver um lugarzinho tipo raio X de aeroporto em que os guardinhas estavam barrando as pobres mulheres com roupas "indecorosas", as alcinhas, saia com dois dedos acima do joelhos... Havia uma plaquinha com um risco vermelho em cima de uma figura de uma mulher com ombros apararecendo, outra figura de saia curta, shorts curto para homens. Todas com um risco enorme vermelho em cima, ou seja, no way. Sem conversinha pra conseguir entrar nesses trajes.

E vi pessoas sendo tiradas da fila. Ah, camiseta, amica mia, era pra ontem. Pronto. Embora estanha, ninguém pode dizer que eu estava em trajes indecorosos!

Taí a prova...




O sol estava escaldante. Lá em cima tirei coloquei a camiseta só no meu ombro. Afinal não era dentro da Igreja, certo?




Essa foi minha aventura em Roma. Fica aí minha dica: RECATO NAS IGREJAS ITALIANAS! Decotes? Jamais! Saia, só pra baixo do joelho. E cubra bem os ombros! Isso vale para os homens também.

Ah... E se quer mais uma dica: leve uma sombrinha! O sol de julho é demais em Roma.

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